quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Ser gerente é bom negócio?


Imagem relacionadaDiante da recessão em que o Brasil se encontra, está gerente não é tarefa simples. Essa instabilidade faz com que o gestor não tenha planejamento a longo ou médio prazo. O negócio baseia-se no presente, pois, o futuro é incerto. A palavra chave é competitividade, através de corte em custos como de CMO, ou seja, níveis hierárquicos enxutos sem interlocutores, desperdício zero, custo fixos controláveis (água, luz, gás, etc). Portanto, a eficiência é o que importa, fazer com o mínimo de recursos possível a mesma tarefa. Sendo o Gerente o principal afetado ou atingido nessa conjuntura.

Atualmente, os gerentes, coordenadores, supervisores, recebem uma carga cada vez maior de responsabilidades, as quais vem sendo incorporadas de outros cargos inferiores, que pelo corte de custos inexistem nesse novo ambiente competitivo, em contrapartida os salários não são reajustados ou não acompanham essa nova filosofia. Essa reengenharia organizacional não fomenta a grande finalidade da criação de uma empresa, a qual do contrário que todos pensam não é “obter lucro”, a empresa é criada para “atender uma necessidade”, o lucro é secundário. Se a empresa não atender essa “necessidade”, ou seja, se não fizer com qualidade aquilo a que se propõe, não obterá lucro, fadada a fechar as portas.

O Diretor não padece da mesma fragilidade a qual o Gerente enfrenta, sendo esse último atingido diretamente por raios e trovoadas, ou seja, sua exposição é evidente, não que um Diretor não passe por isso, entretanto, com maior proteção e com maior tempo para lidar com adversidades, há uma blindagem maior (isso se aplica para aqueles que estão acima em nível hierárquico do gerente).

A competitividade faz com que relatórios diários (planilhas e mais planilhas) sejam passados para os superiores, é quase como um balancete fosse feito a cada dia, analisando linha a linha, para avaliar o atingimento de metas de curto prazo, até mesmo aferindo apenas o número final. Não levando em consideração (em diversas vezes) políticas implantadas para reduções em CMO, qualidade da CMO brasileira, etc. Há também o contexto econômico atual, onde muitos estão endividados e com poder aquisitivo menor. Fatores que estão inviabilizando o crescimento do negócio. Creditar apenas no gerente os malefícios do negócio não caminhar em uma crescente, já que a cada dia o gerente está deixando de gerir para operar a loja, se tornando um funcionário multitarefa de luxo sem foco no que realmente importa, a administração.

A lógica de comando e controle implementada atualmente, de longe é o melhor modelo, hoje o gerente prepara as costas para carregar o piano (o peso do mau resultado). É necessário um novo padrão, o qual se divida as responsabilidades, recursos sejam compartilhados para assegurar a realização de projetos, atividades  e garantir a qualidade. Esse novo conceito não é só fomentar o gestor com benefícios ou atrativos, passa também por uma mudança na cultural do sistema de trabalho, buscando responder as demandas não só de forma “eficiente”, porém, também “eficaz”, pois, um está interligado com o outro.
Claro que não haverá hoje e muito menos no futuro as robustas estruturas que tínhamos, isso é impossível, porém, não podemos manter um arquétipo de gestão linear dos organogramas tradicionais, onde há escassez de recursos versus maior resultado, com cobranças centralizadas, arapuca perfeita para o Gerente.

Autor: Ednaldo L. da Silva
Bacharel em Administração de empresas

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