quinta-feira, 19 de novembro de 2009

ROTATIVIDADE DE PESSOAL (TURN-OVER)

A rotatividade de pessoal é o resultado entre a saída de alguns funcionários e a entrada de outros para substituí-los no trabalho. Podemos entender então o “turn-over” como sendo o fluxo de entradas e saídas de funcionários de uma empresa.
O “turn-over” não é uma causa, mas um efeito de algumas variáveis externas e internas . Entre as variáveis externas podemos considerar a conjuntura econômica, as oportunidades de emprego no mercado de trabalho, etc. Como variáveis internas podemos entender a política salarial e de benefícios que a empresa oferece, o estilo gerencial, as oportunidades de crescimento interno, o relacionamento pessoal e ainda as condições físicas de trabalho.
O “turn-over” custa muito caro às empresas. Vamos ver abaixo uma relação das principais tarefas/atividades que necessitam ser efetuadas em nosso negócio, para no final chegarmos a conclusão de quanto custa este “turn-over”.
AS ETAPAS SÃO:
  • No Recrutamento: visita às fontes de recrutamento, atendimento aos candidatos, tempo despendido no recrutamento, material utilizado no recrutamento.
  • Na Seleção: entrevistas de seleção, aplicação e aferição de provas, tempo e salário do selecionador, checagem de referências, exames médicos/laboratoriais.
  • No Treinamento: programa de integração, custo do uniforme, custos diretos de treinamento, tempo e salário dos instrutores, baixa produtividade do treinando durante o treinamento.
  • No Desligamento: pagamento de salários e quitação dos direitos trabalhistas, pagamento de benefícios, entrevista de desligamento, cargo vago até a substituição.

Não há certamente uma fórmula pronta para redução imediata deste custo e sim medidas que podem e precisam ser tomadas para a médio e longo prazo obter resultados. Vamos iniciar então com o procedimento mais simples.

COMO CALCULAR “TURN-OVER”?

Verdadeiras enciclopédias já foram escritas sobre o assunto e muitas outras ainda serão. Fórmulas de cálculo existem milhares, pois as variáveis que estão envolvidas também são inúmeras. Vamos estabelecer para o nosso exemplo a mais simples e compreensível delas que é:

Explicando: O Turn-over será sempre representado por um valor percentual (razão da multiplicação por cem) obtido da divisão entre o número de empregados que efetivamente deixaram a empresa (não considere afastados, licenciados, faltosos, etc) pelo número de funcionários que efetivamente permaneceram na folha no final do mês (exclua também os mesmos funcionários citados anteriormente). A multiplicação por 12 (doze) fornecerá a tendência para o próximo ano. Vamos a um exemplo: um restaurante teve em um determinado mês 01 funcionário que foi demitido e outro pediu demissão (total de desligados igual a 02). No final do mês o quadro final da loja era de 22 pessoas (observe que não levei em consideração se outras pessoas foram admitidas durante o período). Assim o cálculo será 02 dividido por 22 , multiplicado por 100 e multiplicado por 12. O resultado final será 109,09%.

A gestão do “turn-over” é fundamental para todas as empresas, pois as pessoas são os ativos essenciais e os diferenciadores de qualquer negócio. O elevado índice de perda das pessoas revela problemas e desafios a serem superados. A perda de pessoas significa perda de conhecimento, de capital intelectual, de inteligência, de entendimento e de domínio dos processos, perda de conexões com os clientes. Sintetizando, alto “turn-over” é sinônimo de perda de produtividade, de lucratividade e de saúde organizacional.

Um bom processo de seleção não é o suficiente para levar à redução do “turn-over”. Uma seleção criteriosa irá garantir apenas que o funcionário é o mais adequado à vaga. Para mantê-lo na empresa, produzindo e satisfeito, é preciso uma boa política de gestão de pessoas.

A RETENÇÃO DE PESSOAS, assim como a performance dos negócios, está relacionada ao nível de satisfação, motivação, confiança e admiração dos colaboradores, que depende da qualidade das relações de compromisso e dos vínculos construídos. Estarei tratando deste assunto no próximo artigo.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O que fazer com o 13º?

Quatro especialistas em finanças pessoais respondem às dúvidas mais comuns nesta época do ano

O pagamento do 13o salário gera expectativas em todo mundo. Com o bolso recheado de dinheiro, o desejo de presentear fica maior, o que desperta o interesse do comércio varejista, que aguarda com ansiedade os mais de 80 bilhões de reais que o 13o despeja na economia do país

Mas em ano de incertezas financeiras, como o de 2009, de que forma as pessoas devem se planejar para gastar bem esse ganho adicional? A VOCÊ S/A ouviu três especialistas em planejamento financeiro familiar e eles dão suas dicas. Uma delas pode servir para você.
Como gastar o 13o salário?
Para os endividados não há dúvidas que o melhor a fazer é se livrar dos juros do cartão, do cheque especial ou de outro financiamento de longo prazo. Mesmo que as prestações caibam no seu orçamento, não é inteligente comprar um carro, por exemplo, em 72 ou 84 meses. É o mesmo que pagar por dois carros e levar só um. Tente criar um projeto de dívida zero, negociando descontos com os credores. Poupe antes e barganhe o preço depois. Augusto Saboia, personal finance da Saboia Advisors, em São Paulo.
E quem não tem dívidas?
Para os não endividados, sugiro dividir o 13o salário em três partes: a primeira é para gastar, pois você merece. A segunda é para lembrar que no início do ano temos gastos como IPTU, IPVA, matrícula dos filhos e material escolar. A terceira é para pensar no futuro. Se esse dinheiro for o pontapé inicial para sua reserva financeira, recomendo a poupança. Para quem já tem uma reserva e quer garantir o futuro, a opção são os títulos do governo por meio do Tesouro Direto, escolhendo opções para seis, sete ou oito anos. Se quiser arriscar um pouco mais, pode aplicar em um fundo de ações, ou comprar ações de uma empresa de sua preferência. Erasmo Vieira, consultor financeiro da Planilhar Planejamento Financeiro, em São Paulo.
Quais as dicas para economizar nas compras de final do ano?
Para economizar nos presentes de Natal e Ano-Novo, as dicas são: comprar com antecedência porque os preços estão mais baixos; fazer uma lista com os nomes das pessoas que serão presenteadas; definir o valor das compras. Com a lista em mãos e o orçamento definido, você poderá comparar e pesquisar preços. Se possível, parcele apenas no cartão sem juros e evite financiamentos, pois a conta pode sair muito mais cara do que você espera. Carla dos Santos, sócia da CDS Brasil Soluções Financeiras.
Existe algum percentual que o consumidor pode gastar?
Cada caso é um caso. O ideal é que haja programação financeira durante o ano todo. Se você poupou todo mês 10% do seu salário para gastos de final de ano, terá a liberdade para fazer o que quiser agora com o seu 13o salário. Augusto Saboia, personal finance da Saboia Advisors, em São Paulo.
Fonte: Revista Você S/A

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