quinta-feira, 23 de junho de 2011

A VIDA AFETIVA

A IMPORTÂNCIA DA VIDA AFETIVA
São os nossos afetos que dão o colorido especial ã conduta de cada um e às nossas vidas. Os afetos podem ser duradouros ou passageiros.
A vida afetiva é parte integrante de nossa subjetividade. Nossas expressões não podem ser compreendidas, se não considerarmos os afetos que as acompanham. Os pensamentos, fantasias – aquilo que fica contido em nós – só têm sentido se sabemos o afeto que os acompanham.
Em muitas situações de vida são os afetos que determinam nosso comportamento.

Max afirmou que:
“O homem se define no mundo objetivo não somente em pensamento, senão com todos os sentido (...). Sentidos que se afirmam, como forças essenciais humanas (...). Não só os cinco sentidos, mas os sentidos espirituais (amor, vontade...)”.

O ESTUDO DA VIDA AFETIVA

            Na ciência os afetos têm sido vistos como deformadores do conhecimento objetivo. Na Psicologia não são todas as teorias que consideram a importância da vida afetiva, muitas delas, tem priorizado apenas o estudo da cognição, das funções intelectivas.
            A vida afetiva, ou afetos, abarca muitos estados pertencentes à gama prazer-desprazer. Até o século 19 usavam-se indiscriminadamente, termos como emoção e sentimento, para vida afetiva. Hoje já fazemos uma distinção mais precisa entre esses termos.

  • A emoção: estado agudo e transitório. Ex: a ira
  • O sentimento: estado mais atenuado e durável. Ex: a gratidão, a lealdade.

OS AFETOS

As origens dos afetos:

  • Fora do indivíduo, a partir de um estímulo externo (do meio físico ou social)
  • Nascimento, surgimento do interior do indivíduo.

Para a Psicanálise, não há afeto sem representação, isto é, sem idéia. O prazer e a dor são as matrizes psíquicas dos afetos, ou se constituem em afetos originários, entre os dois há inúmeros matrizes de afeto. Existem dois afetos que constituem a vida afetiva: o amor e o ódio.

Os afetos servem de critério de valoração positiva ou negativa para as situações de nossa vida e, participam ativamente a percepção que temos das situações vividas e do planejamento de nossas reações ao meio, que é caracterizada como função adaptativa.

Outra característica do afeto é que estão ligados a consciência, o que nos permite dizer ao outro o que sentimos, expressando, através da linguagem, nossas emoções. Contudo, muitas vezes os afetos são enigmáticos para quem os sente, ou seja, há motivos dos afetos que estão fora do campo da consciência. Nem sempre o comportamento está em conformidade com os nossos afetos, os quais não queremos (ou não podemos) demonstrar.

EMOÇÕES

            São expressões afetivas acompanhadas de reações intensas e breves do organismo, em resposta a um acontecimento inesperado e muitas vezes aguardado (fantasiado).

            É possível observar as reações orgânicas, as modificações que ocorrem no organismo, como distúrbios gatrointestinais, cardiorespiratórios, sudorese e tremor. Essas reações fogem ao nosso controle. Todas essas reações são descargas de tensão do organismo emocionado, pois emoções são momentos de tensão em um organismo, e as reações orgânicas são descargas emocionais.

Infelizmente, nossa cultura estimula algumas reações emocionais e reprime outras. As reações emocionais orgânicas são, até certo ponto, aprendidas, ou seja, nosso organismo pode responder de diversas maneiras a uma situação, mas a cultura “escolhe” algumas formas como sendo mais adequadas a determinadas situações ou tipo de pessoas.

As emoções são muitas: surpresa, raiva, nojo, medo, vergonha, tristeza, desprezo, alegria, paixão, atração física – ora são mais difusas, ora mais consciente; às vezes encobertas, às vezes não. E, por estarem ligadas diretamente à vida afetiva – aos afetos básicos de amor e ódio – estão ligadas também à sexualidade (amor).

As emoções são nossa própria vida, uma espécie de linguagem na qual expressamos percepções internas; são sensações que ocorrem e resposta a fatores geralmente externos. Por isso não podemos esconder nossas emoções.

OS SENTIMENTOS

            Os afetos básicos (amor e ódio), além de manifestarem-se como emoções, podem expressar-se como sentimentos.

            Os sentimentos diferem das emoções por serem mais duradouros, menos “explosivos” e por não virem acompanhados de reações orgânicas intensas. Ambos são como alimentos de nosso psiquismo e estão presentes em todas as manifestações de nossa vida. Não podemos nos compreender sem os sentimentos e as emoções.

Saber e compreender o mundo que nos rodeia é fundamental para que possamos estar nele. A apreensão do real é feita de modo sensível e reflexivo e, portanto, realizada pelo pensar, sentir, sonhar, imaginar.

O que pode o sentimento
Não pode saber,
Nem o mais claro proceder
Nem o mais amplo pensamento.
(...)
Só o amor com sua ciência
Nos torna tão inocentes.


Ednaldo L. da Silva
Graduando Administração de Empresas
UGF - Universidade Gama Filho

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