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Atualmente, os gerentes, coordenadores, supervisores, recebem uma carga
cada vez maior de responsabilidades, as quais vem sendo incorporadas de outros
cargos inferiores, que pelo corte de custos inexistem
nesse novo ambiente competitivo, em contrapartida os salários não são reajustados
ou não acompanham essa nova filosofia. Essa reengenharia organizacional não
fomenta a grande finalidade da criação de uma empresa, a qual do contrário que
todos pensam não é “obter lucro”, a empresa é criada para “atender uma
necessidade”, o lucro é secundário. Se a empresa não atender essa “necessidade”,
ou seja, se não fizer com qualidade aquilo a que se propõe, não obterá lucro,
fadada a fechar as portas.
O Diretor não padece da mesma fragilidade a qual o Gerente enfrenta, sendo
esse último atingido diretamente por raios e trovoadas, ou seja, sua exposição
é evidente, não que um Diretor não passe por isso, entretanto, com maior
proteção e com maior tempo para lidar com adversidades, há uma blindagem maior (isso se aplica para aqueles que estão acima em nível hierárquico do
gerente).
A competitividade faz com que relatórios diários (planilhas e mais
planilhas) sejam passados para os superiores, é quase como um balancete fosse feito a cada dia, analisando linha a
linha, para avaliar o atingimento de metas de curto prazo, até mesmo aferindo apenas o número final. Não levando em
consideração (em diversas vezes) políticas implantadas para reduções em CMO,
qualidade da CMO brasileira, etc. Há também o contexto econômico atual, onde muitos estão
endividados e com poder aquisitivo menor. Fatores que estão inviabilizando o
crescimento do negócio. Creditar apenas no gerente os malefícios do negócio não caminhar em uma crescente, já que a cada dia o gerente está deixando de gerir para
operar a loja, se tornando um funcionário multitarefa de luxo sem foco no que
realmente importa, a administração.
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Claro que não haverá hoje e muito menos no futuro as robustas
estruturas que tínhamos, isso é impossível, porém, não podemos manter um
arquétipo de gestão linear dos organogramas tradicionais, onde há escassez de
recursos versus maior resultado, com cobranças centralizadas, arapuca perfeita
para o Gerente.
Autor: Ednaldo L. da Silva
Bacharel em Administração de empresas
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